crônica do estresse moderno

Crônica do Estresse Moderno

por Jorginho

Hoje, meus amigos, vou lhes contar a trágica comédia do nosso tempo: o estresse. Não é apenas um colega de trabalho chato que nunca sai de férias; é um companheiro constante, que nos segue como uma sombra, sussurrando preocupações em nossos ouvidos.

Vivemos em um mundo onde até o iogurte tem mais prazo de validade do que nossa sanidade. A sociedade grita em nossos ouvidos: “Seja produtivo!”, mas ninguém se pergunta: produtivo para quem?

Passamos mais tempo olhando para telas brilhantes do que nos olhos das pessoas que amamos. E chamamos isso de “modernidade”. Quem precisa de conversas reais quando podemos nos comunicar por meio de emojis e curtidas?

O estresse é o único empregado que trabalha horas extras sem nos pagar um centavo. A cada dia, enfrentamos a lista infinita de tarefas que a vida moderna nos impõe, como se a única recompensa fosse o direito de fazer tudo de novo amanhã.

Dormir? Ah, isso é para os fracos. Estamos ocupados demais pensando no que fazer amanhã, na próxima semana, no próximo ano. O presente se tornou uma visita indesejada em nossa mente inquieta.

As redes sociais são como um playground de estresse, onde todos exibem suas vidas perfeitas. O que é real se mistura com o que é artificial, e a pressão para corresponder às expectativas online é esmagadora.

Trabalhar em casa? Mais parece viver no escritório. As fronteiras entre vida pessoal e profissional se desfazem, e quem precisa de fronteiras, afinal? Afinal, somos máquinas que nunca desligam.

É a crônica do estresse moderno, uma comédia sombria que todos nós atuamos. Mas, de vez em quando, é importante parar, respirar e lembrar que somos humanos, não máquinas. E, talvez, rir um pouco da insanidade desse mundo que criamos para nós mesmos.