Por Jorginho
Ah, o desemprego depois dos 40 anos, a fase da vida em que você percebe que está mais desatualizado do que um disco de vinil em uma era de streaming.
As empresas dizem que valorizam a experiência, mas o que elas realmente querem é um estagiário de 20 anos disposto a trabalhar 80 horas por semana por um saco de salgadinhos e um voucher para a academia.
Depois dos 40, você se torna como aquele tio que ainda usa calças de cintura alta e escuta fitas cassete. As empresas preferem os “millennials” e sua tecnologia de ponta, enquanto você está tentando entender como funciona o Twitter. Ou X. Sei lá.
É como se o mercado de trabalho dissesse: “Desculpe, você não é mais relevante. Vá criar um blog e reclamar da juventude no Facebook.”
E as entrevistas de emprego? Você se sente como um dinossauro enquanto um jovem gerente de RH pergunta se você sabe como usar o Instagram para “conectar com os clientes mais jovens”. Claro, porque selfies são a chave para o sucesso profissional.
E não esqueçamos a discriminação etária disfarçada de “não é o ajuste certo para a empresa”. A única coisa que você ajustaria é o salário para caber no seu orçamento agora mais apertado.
Então, depois dos 40, você está lá, desempregado, refletindo sobre como a vida é injusta, enquanto o mundo segue em frente sem você. Bem-vindo à idade adulta, meu amigo, onde a única coisa que sobe mais rápido do que sua idade é o preço dos planos de saúde.