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Milei, Criptomoedas e a Antiga Arte de Foder o Próprio Povo

Ah, a política… Sempre uma comédia de erros, mas sem a parte engraçada. Dessa vez, nosso protagonista é Javier Milei, o presidente da Argentina e mascote não oficial do libertarianismo descontrolado. Milei, aquele cara que jurou que o Estado era o inimigo e que tudo se resolveria sozinho, agora tá enfiado num escândalo de criptomoedas tão grande que o próprio Bitcoin deve estar com vergonha alheia.

Vamos aos fatos: Milei fez um post promovendo (ou melhor, “divulgando”, porque agora a palavra importa) uma nova criptomoeda chamada $LIBRA. O preço da moeda disparou mais rápido que promessa de político em campanha. Logo depois, os primeiros investidores venderam tudo e puf! O mercado caiu mais rápido que a economia argentina.

Agora, Milei quer convencer todo mundo de que ele não teve nada a ver com isso. Foi só um mal-entendido, gente! Um erro honesto! Como se ele tivesse tweetado isso sem querer, tipo aquele tio que compartilha fake news achando que é verdade.

Mas, espera aí… O criador da criptomoeda diz que trabalhou diretamente com o governo no projeto. E agora, senhor Milei? Como é que fica essa história? Bom, pelo visto, fica editada.

“Corta essa parte aí, chefe”

No meio da crise, Milei decidiu dar uma entrevista pra esclarecer tudo. Porque, claro, nada passa mais credibilidade do que um político desesperado tentando explicar um esquema de criptomoeda. Mas aí acontece um momento espetacular: o assessor dele interrompe a entrevista no meio.

Agora, me explica uma coisa: desde quando entrevista tem VAR?

Não gostei da pergunta? CORTA!
Gaguejei na resposta? REFAZ!
Disse uma merda muito grande? CHAMA O ASSESSOR!

E não para por aí. Depois do corte, Milei volta pro ar e diz, com toda a cara de pau do mundo: “Mas as perguntas eram combinadas, né?”

INCRÍVEL! A entrevista dele tinha script, gente! Era tipo um teatro ruim, só que com o destino de um país em jogo.

Isso me faz pensar… Se o cara precisa editar até entrevista, imagina o que mais ele tá editando nos bastidores? Tá editando os números da economia? As promessas de campanha? Quem sabe, até a própria biografia? “Nunca fui economista, mas interpretei um no governo argentino.”

“Foi só um cassino, amigos”

E aí vem o momento de ouro da crise: Milei, ao invés de assumir a culpa, manda aquela desculpa clássica do “libertário raiz”. “Se você foi enganado, o problema é seu!”

Sério? É isso que ele tem pra oferecer?

Imagina você entrando num cassino, jogando suas fichas, e no meio da roleta alguém mete a mão e leva todo o dinheiro. Você reclama e o dono do cassino diz: “Bom, amigo, foi você que decidiu jogar.”

Ah, sim. Claro. O problema não é que alguém armou um golpe. O problema é que você confiou na pessoa errada! Tá vendo? A culpa nunca é do vigarista. A culpa é sempre do otário que acreditou nele.

Esse é o problema desse papo de “o mercado resolve tudo”. Porque no mundo real, o mercado não resolve nada – ele só troca um vigarista por outro.

O libertarianismo encontrou a realidade e perdeu feio

E aqui estamos. Milei, o grande defensor do livre mercado, do Estado mínimo e do “cada um por si”, agora está sendo investigado pelo próprio Estado. Porque adivinha só? Quando a merda bate no ventilador, até o maior anarcocapitalista do planeta quer um advogado e um bom juiz pra limpar a bagunça.

Esse escândalo provou uma coisa simples: o mercado não é seu amigo. Ele não liga pra você, não te protege e, no minuto que você dá bobeira, te vende um monte de lixo digital e some com o dinheiro.

E agora? Bom, agora Milei pode ser investigado até pelo FBI. Sim, meus amigos, ele conseguiu chamar a atenção do único governo que sabe enganar mais gente do que ele. Se o governo argentino é um cassino, os Estados Unidos são o dono do cassino, do hotel e da porra toda.

E enquanto Milei tenta se explicar, os investidores que perderam tudo estão lá, olhando para as telas, vendo o saldo sumir e pensando: “Bem que minha avó avisou que isso era coisa de trouxa.”

Milei pode até falar bonito, gritar “Viva la libertad!” e fingir que tá no comando. Mas no final, a única coisa que ele conseguiu provar é que, no jogo do capitalismo selvagem, os ricos sempre ganham… e o povo sempre paga a conta.